terça-feira, 28 de junho de 2011

dose típica

Quadrillha












João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história

Carlos Drummond de Andrade


Todo mundo já tomou uma dose de quadrilha. Eu acredito que essa dança é um ciclo vicioso da vida, chego a pensar que não existe amor recíproco. Como é isso?

Já amei, amei muito, talvez por viver tanta desilusão é que me sinto marcando o compasso dessa coreografia sem parceria certa, não monogâmica. E o pior de tudo é não sentir nada por ninguém e acabar me casando com um J.Pinto Fernandes, tentei condicionar meu coração para isso, para tentar amar alguém que me amasse, mas eu sou uma nordestina típica, seguro a barra da saia e a cada sangê estou de braços dados com um outro alguém, que se me quer, eu não quero e se não me quer, ei de querer. E do coração...quem sou eu para entender?

Alavantu...anarriê...

e a dose é de cachaça para ser bem típica.