
Muitas pessoas necessitam de uma eterna ambiguidade, encantam-se com a dúvida, com o dilema. Há uma eterna procura por estradas sinuosas, cheias de dificulades, não eu.
Quero que de mim externalize a poesia que sou e não a dualidade de um verso incompreensível. Quero que de mim percorram meus desejos e verdades e todos os meus conteúdos terrenos. Pois se há em mim a dicotomia de ser fogo e água, quero que saibas: Quando sou o fogo, sou fiel a sua ardência e combustão, e quando sou água, profundidade e mansidão.
Jamais as duas coisas juntas.
(Juliana Trentini)