domingo, 18 de setembro de 2011

Dose Alheia


Desconfio de quem sejam os olhos
Mas já desaprendi a ler a íris
Dispensei os sonhos
Para demarcar um solo sem canção

Nunca soube lidar
com a introspecção alheia
Expansiva
Rasgo o silêncio
Desrespeito

Atropelo o ócio
Rompo manhã
E palavras
Abrigo à noite
Penas e consolos
Construo asas

Juliana Trentini

Nenhum comentário:

Postar um comentário