terça-feira, 8 de novembro de 2011

Dose de Final Feliz

"This is a happy end cause'
you don't understand
everything you have done why's
everything so wrong"


A literatura me ensinou: A manter o estranhamento das reflexões, dos acontecimentos e das sensações.

Na infância, acreditava nos poemas de brinquedo, nas histórias de terror contadas pelos amigos mais velhos na calçada, tinha medo de fogos, mas gostava de me arriscar estando sempre perto dos meninos nos momentos "explosivos" e meu coração acelerava feliz e assustado a cada pequeno "bum" que parecia tão estrondoso, ao menos para mim e meu cachorro, o som alcançava maiores dimensões, ele corria para debaixo de minha cama e eu com minha forjada coragem, apenas tapava os ouvidos, no entanto me mantinha próxima para não perder nenhuma emoção.


E há coisas que furtamos da infância para a nossa vida adulta. Continuo sendo a covarde corajosa de sempre, procurando o “bum” momentâneo e com isso escolho as relações mais efêmeras, mais intensas e desastradas. Pego o barco passageiro contido em sua mão, nas suas palavras e atitudes confusas e um tanto quanto infantes e vou controlando a nau desses corações de ninguém que gostam apenas de compartilhar canções, risos pueris e carinhos desajeitados.

Esse é meu final feliz, sem ambições de alcançar uma plenitude, pois com os contos de fada, aprendi a viver fantasias e fingir acreditar para ter meu momento lúdico, a música me ensinou a bailar conforme seu ritmo, e a literatura...”a literatura não prestou para me entender”.

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